terça-feira, 22 de outubro de 2013

Uma rapariga

Uma rapariga certa vez vê na montra de uma joalharia um anel de brilhantes pelo qual se apaixona. Uma rapariga todas as semanas, durante mais de um ano, vai à dita montra espreitar se o "seu" anel ainda lá está. Uma rapariga anima-se a cada semana, por vê-lo a brilhar na montra, intocado, tão seu e à sua espera. Uma rapariga conta a um rapaz, que ama aquele anel e que gostava que ele fosse o seu anel de noivado. Uma rapariga certo dia discute com um rapaz por motivos na altura importantes. Um rapaz, no meio da discussão, refere que tinha planeado comprar aquele anel para pedir aquela rapariga em casamento numa ocasião futura, não tão distante assim. Uma rapariga de repente apercebe-se que está a discutir por parvoíces, que está a pôr pequenos ódios à frente do grande amor. Uma rapariga comove-se e chora, porque percebe que se calhar, um rapaz já não vai oferecer-lhe o tal anel. Nem pedi-la em casamento. Mas uma rapariga também sabe o amor que um rapaz tem por ela. E sabe que um rapaz lhe perdoa tudo. E talvez o amado anel, e o pedido do amado rapaz, um dia lhe cheguem. 

1 comentário:

Anónimo disse...

Sem rede, como não perdoar?
D.