quarta-feira, 30 de março de 2011

Das lides da casa


Colega de trabalho: "Ando a ler um livro muito bom que te vou emprestar assim que o acabar.


Eu: "Obrigada, mas este que estou a ler ainda me vai levar pelo menos duas semanas. Ando com pouco tempo para ler.


Colega de trabalho: " Pois, agora a viver sozinha imagino, vai-se o tempo todo em limpezas e cozinhados não é?


Eu: "Hmm... não exactamente... é a televisão que me prende...



Não fui talhada para as lides domésticas, é assim que é, nada a fazer. Não gosto de cozinhar, nem de lavar loiça, muito menos de lavar roupa à mão num alguidar. Não gosto de limpar o pó nem fazer arrumações. Felizmente tenho uma fadinha do lar/hóspede temporário que me faz as coisinhas todas e ainda cuida de mim. A isto, do meu lado, chama-se sorte. Do lado dele, chama-se amor.

terça-feira, 29 de março de 2011

Detox


Há já uma semana que deixei de beber Coca-Cola. Tem custado, todos os dias apetece-me abrir uma excepção e beber. Mas rapidamente a excepção tornar-se-ia novamente um hábito (sou fraca, não resisto bem às tentações) e lá me vou aguentando em abstinência. É uma espécie de Quaresma sem qualquer motivo religioso, apenas deixar os vícios nocivos durante uns tempos. E esperar largá-los de vez.

terça-feira, 22 de março de 2011


Existe uma menina...
que se foi embora.
Sem quê nem causa. Deixou-nos num repente súbito.
Porque foi? Fazer o quê? O que a motivou? Nunca soubemos nem nunca saberemos.
Voltou... tal como foi, voltou, sem fazer barulho e muito de mansinho.
E agora que faz quem se habituou a viver de saudade?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

Posso ter defeitos,
viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si,
mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo...



Fernando Pessoa

domingo, 20 de março de 2011

Projecto África


Ainda me falta concretizar vários projectos pessoais, entre os quais ir em missão permanente para África. Mas sei que esse dia chegará e aí não vou olhar para trás. O meu caminho faz-se em frente, para Sul.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Oh happy days


Poderia escrever sobre como ando feliz e realizada, como tudo me parece tão fácil e bonito, apenas para contrariar o mau agoiro nacional, a suposta crise e a geração à rasca. Não o faço porque alardear felicidade só pode dar azar e fazer uma qualquer catástrofe emocional surgir. Assim não fosse e gritaria o quanto me sinto em paz e amor.
Foram precisos muitos dias e meses para chegar aqui, foram precisas muitas discussões e muitos sapos, mas por fim cheguei. E daqui não quero sair.

quinta-feira, 17 de março de 2011

While flying

Monstros e homens lado a lado,
Não à margem, mas na própria vida.
Absurdos monstros que circulam
Quase honestamente.
Homens atormentados, divididos, fracos.
Homens fortes, unidos, temperados.

Ao rosto vulgar dos dias,
A vida cada vez mais corrente,
As imagens regressam já experimentadas,
Quotidianas, razoáveis, surpreendentes

Imaginar, primeiro, é ver.
Imaginar é conhecer, portanto agir.

Alexandre O´Neill

terça-feira, 15 de março de 2011

While flying

Dormi contigo a noite inteira junto ao mar, na ilha.
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono, entre o fogo e a água. Talvez bem tarde, os nossos sonos se uniram na altura e no fundo, em cima como ramos que um mesmo vento move, em baixo como raízes vermelhas que se tocam. Talvez o teu sono se separou do meu e pelo mar escuro me procurava como antes, quando nem existias, quando sem te ver naveguei a teu lado e os teus olhos buscavam o que agora - pão, vinho, amor e cólera - te dou, cheias as mãos, porque tu és a taça que só esperava os dons da minha vida. Dormi junto contigo a noite inteira, enquanto a escura terra gira com vivos e com mortos, de repente desperto e no meio da sombra, o meu braço rodeava a tua cintura. Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos. Dormi contigo, amor, despertei e a tua boca saída do teu sono deu-me o sabor da terra, da água-marinha, das algas, da tua íntima vida e recebi o teu beijo molhado pela aurora como se me chegasse do mar que nos rodeia.


Pablo Neruda

segunda-feira, 14 de março de 2011

London


Londres continua.... amaaaazing!

sexta-feira, 11 de março de 2011

Jubileu


E já lá vão 25 anos!