segunda-feira, 30 de setembro de 2013

No escurinho do cinema


O dia ontem foi cinzentão e chuvoso, um dia chato, portanto. Ainda para mais dia de eleições.
Fomos almoçar fora com a minha mãe, depois cada um foi votar à sua respectiva freguesia e depois de cumprir o dever cívico, resolvemos ir ao cinema ver O Mordomo. Filme visto e aprovado. Adorei o papel da Oprah, uma excelente actriz e gostei também da retrospectiva histórica dos direitos dos negros nos Estados Unidos. Achava que o filme se centrava mais na figura do mordomo em si, e esta outra visão mais generalista foi muito boa.
 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Homem (im) perfeito

Toda a gente sabe que não existem relações perfeitas. Uns dias são melhores que outros ou até mesmo um único dia pode ter momentos extremamente bons e imensamente maus. Também toda a gente sabe que os homens têm comportamentos estranhos e irritantes. Não tenho a pretensão de conhecer todos os comportamentos de todos os homens, deus me livre disso, mas de um certo homem possuo já um conhecimento  aprofundado. E ele, se tem aspectos muito queridos, também os tem muito irritantes.

Alguns, a saber:

  • Eu gosto de ver uma novela, ele não gosta. Ele gosta de desporto, eu não gosto. Quando ele está a ver desporto na televisão, eu aceito que está a ter prazer naquilo e como até temos mais que uma televisão, se houver algo que eu queira mesmo muito ver, mudo de divisão. Mas ele não! Se eu estou a ver a novela, e quase sempre que estou, lá vem ele dizer que quer ver o telejornal, pergunta-me se tenho mesmo que estar a ver a novela naquela altura. Até aqui tudo bem, realmente posso ver noutra altura, porque vejo sempre gravado, nunca em directo. O irritante é que ele não quer ver nada! Só não quer que eu veja a novela; só isso explica trocar de canal de cinco em cinco segundos e não ver nada de concreto;
  • Ele cozinha maravilhosamente bem e é o cozinheiro oficial lá de casa, porque eu sou uma nódoa. Mas é praticamente só isso que faz. Com o agravante que sempre que vai cozinhar, ou seja, quase todos os dias, suja o fogão todo. Nunca o vi cozinhar nada sem que o fogão ficasse sujo. Mas limpar... tá quieto! Quem tem que acabar a esfregar fogão, frigorifico, bancas, mesa, sou eu. Um dia disse-lhe para pelo menos por a louça suja na máquina. Acatou o pedido, mas não lhe passou pela cabeça que a loiça tem que ser raspada e passada por água antes de ir para a máquina. Ou seja, punha a loiça cheia de comida agarrada na máquina. Isto deixa-me p... da vida.
  • Sempre que o caixote do lixo está cheio, tenho que o lembrar de levar o lixo para a rua. Houve um dia que perguntei porquê que não levou a reciclagem também para baixo, ficou ofendidíssimo comigo durante horas, porque eu em vez de reconhecer que ele levou o lixo, "critiquei" que não levou a reciclagem. Eu só perguntei... acho que foi uma pergunta legitima... não?
  • Temos visões muito diferentes do que são prioridades e isto relaciona-se muito directamente com o dinheiro. Para mim há gastos absolutamente supérfluos, concretamente, em determinados alimentos. Já ele acha que eu sou forreta porque não quero gastar em queijos ou vinhos... Mas se eu compro alguma coisa para a casa, porque vai ser útil ou porque vai ficar bonito, ele acha que eu sou gastadora.
  • Ele não liga a decoração, até aqui tudo bem, a maioria dos homens não liga. Então sou só eu quem compra coisinhas para a casa, porque gosto de estar num ambiente bonito e confortável. E sempre que lhe vou mostrar o que comprei, a resposta é sempre a mesma: "é bonito, mas para quê que serve?". Serve para me fazer feliz, serve para ser admirado, serve para uma série de coisas, não é óbvio?
  • Eu não tenho preconceitos praticamente nenhuns e apoio todos os temas controversos, como adopção ou casamento do mesmo sexo, para dar dois exemplos. Já ele é um bocado preconceituoso com essas coisas. Ainda acha que tatuagens são coisas de marginais. Então é certo que quando um tópico desses calha na conversa, vai haver desentendimento. Não porque eu o queira convencer a partilhar as minhas opiniões, que eu não tenho pachorra para catequizar ninguém, mas porque ele não aceita qualquer opinião contrária àquilo que acha.

Poderia continuar por aqui fora, que a lista ainda vai a meio mas não quero passar a imagem duma pessoa má, que não é de todo verdade. É um homem extremamente bondoso, generoso, amável. Só que, lá está, ninguém é perfeito. Eu também tenho os meus defeitos. Só tenho a sorte de ninguém (ainda) os ter passado a escrito!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Mais uma crítica negativa

Não é que hoje esteja numa onda de criticas negativas, quando gosto de algo sou a primeira a criticar positivamente. Mas parece que ultimamente enfio barretes atrás de barretes!
 
No sábado à noite eu e o rapaz fomos ao Teatro Tivoli ver a peça Lar Doce Lar.
Resolvi que íamos ver a peça depois de ler a critica (mais uma vez... as enganadoras criticas...) em diversos jornais e de ouvir de várias pessoas o quão divertida a peça é. Como ando a precisar de me rir mais, lá fomos nós.
 
Dizer que a peça é longa demais não é um exagero. Ás tantas eu já não tinha posição para estar, o rabo estava quadrado (as cadeiras do Tivoli deixam um pouco a desejar); dizer que não gostámos, que as piadas não têm piada, são demasiado fáceis, demasiado brejeiras.
Pareceu-nos que as pessoas que foram assistir à peça acharam que como iam para uma comédia, tinham que rir a qualquer custo, então toca de rir por tudo e por nada. Ainda mal a peça tinha começado e não tinha havido qualquer diálogo engraçado, já estava a sala inteira em gargalhadas.
 
Honestamente, não gostámos. Considero o Joaquim Monchique um grande actor mas nem isso sobressaiu ali. Mais valia ter poupado os 30€ dos bilhetes e termos ido jantar fora a um sítio engraçado.
 

Pondo a leitura em dia

Estas férias levei três livros comigo mas desta vez foram tiros ao lado. Nenhuma das três leituras me fascinou.
 
Já li alguns clássicos da literatura mundial cuja critica é muito boa. Honestamente considero que uma critica fabulosa é sinónimo de livros chatinhos. Não retiro o mérito dos grandes escritores, mas o que os faz "grandes" aos olhos da maioria é-me incompreensível. É o caso de Virginia Woolf na obra Mrs. Dalloway. Achei este livro aborrecido, confuso, o facto de não ter capítulos é extremamente estranho e torna a leitura difícil, porque os assuntos são misturados, ora está a discorrer sobre tal pessoa ora já mudou para outra totalmente diferente e nem se deu pela mudança.
É considerado o grande romance da literatura inglesa mas eu não gostei.
 
 
 
Gosto do escritor húngaro Sándor Marai; adorei o seu As Velas Ardem Até ao Fim, um livro extremamente bonito, A Herança de Ezster também me agradou. No Natal passado andava pela livraria a procurar um livro para oferecer à minha mãe, quando vi este, Rebeldes, e pensei cá comigo que se tinha gostado tanto dos outros dois, este também deveria ser bom.
Bem... o tema é totalmente distinto dos outros e achei-o aborrecido, parado, sem grandes desenvolvimentos, sem grandes entusiasmos. É daqueles livros que se lê mas que nos deixam exatamente na mesma. Não nos altera nem acrescenta nada.
 
 
 
Por fim, mais um livro de Carlos Ruiz Zafón, escritor espanhol que gosto muito. Por norma não gosto de literatura fantástica, coisas absurdas e irreais, mas em Zafón não me faz confusão nenhuma e até acho que acrescenta algo positivo ao texto. De todos os livros dele que já li, este foi o único que não gostei. É demasiado pateta e infantil.
 
 


Resumindo e baralhando, foram tiros ao lado. Mesmo antes de entrar de férias, na última semana de trabalho, li um que gostei muito da espanhola Júlia Navarro, "Diz-me Quem Sou". Talvez por ter gostado tanto desse fiquei tão desiludida com os três que resolvi escolher. Entretanto já voltei ao trabalho há duas semanas e já li o Inferno do Dan Brown. Gostei do Inferno, lê-se bem, como todos os seus livros, mas estava à espera de mais. Não me fascinou. Em todo o caso, foi uma boa leitura depois dos três livros das férias.