segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Da felicidade


Os dias em que nos sentimos felizes por um qualquer motivo diferente do habitual são uma dádiva; contudo, os melhores dias são aqueles em que, sem motivo aparente, nos sentimos felizes pelo simples facto de sermos quem somos e movimentarmo-nos pelos meios a que pertencemos. Esses são raros, talvez mais raros que os primeiros; e contudo, necessitam tanto de nós para existirem quanto os segundos. Há dias que não precisamos de um estimulo, nem de um sorriso, nem de um presente, nem de um abraço para nos sentirmos gigantes de tanto afecto por tudo quanto nos rodeia. Hoje é um desses dias. Hoje é um dia em que não fiz nada de extraordinário, excepto trabalhar, em que ninguém me fez um elogio rasgado ou me expressou amizade ou gratidão, e mesmo assim sinto-me inchada de uma felicidade serena e uma gratidão pacata por estar aqui, a aproveitar o sol do céu azul e a companhia dos que me rodeiam. Felizes as coisas simples...

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