sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Jorge, queres sopa? Não!


Quando na última quarta feira escrevi o último post aqui publicado, já tinha um pressentimento que alguma coisa iria acontecer nesse mesmo dia. Não sou bruxa mas acertei.
 
O meu avô faleceu, aos 91 anos, quarta-feira dia 14 de Outubro de 2015, pelas 19.30h, perante a mulher, as duas filhas e a neta (eu).
Estávamos a dar-lhe a mão, já conscientes que seria uma questão de horas.
 
Fica-me o consolo de ainda ter chegado a tempo, ainda ter passado a sua ultima meia hora de vida com ele, a dar-lhe a mão, tão quentinha apesar do pulso já fraco.
 
O meu avô era uma pessoa com um feitio muito especial. Completamente anti-social, só gostava da família, de animais, livros e ópera. Não aturava fretes, não fazia conversa de circunstância, riscava a cara do Sócrates quando aparecia no jornal, lia as desgraças todas do Correio da Manhã e achava que seis da tarde já era perigoso andar na rua. Um autentico velho do Restelo.
 
Partiu tranquilamente, com a [sorte] de ter um cancro pulmonar rápido, o que lhe evitou maiores dores e sofrimento.
 
E ficará, para sempre, na memória e no coração.

1 comentário:

Anónimo disse...

Os meus sentimentos.
Adoro "velhos do Restelo", como era o meu avô. Partiu-me o coração quando morreu.

Estou em Leiden. Vou pensar na questão do Blog. Porque não vou poder contar todas as aventuras =P .

Inês