terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Re-styling

Depois da minha tia-avó ter falecido, há um ano e pouco, começamos lentamente a desmontar-lhe a casa. Tive a sorte de "herdar" uma série de mobília e louça que me fazia falta e cujo estilo eu até gostava. Mas tal como a moda, a decoração não é estanque. Se nos últimos anos já mudei o meu estilo visual uma série de vezes, o mesmo se aplica à decoração da minha casa.
Quando fui viver sozinha, arrendei uma pequena casinha de bonecas com uns míseros 45m2 divididos entre dois andares, onde não cabia praticamente nada. Na altura não estava propriamente abonada, safei-me com compras inteligentes no Ikea. Eu gosto do Ikea para determinados produtos, mas não em tudo. E detesto ver casas exclusivamente com peças da suécia porque não são personalizadas, toda a gente tem as casas iguais e a qualidade das mesmas é muito discutível. Então quando depois mudei para a minha segunda casa, já com 90m2 e com mais algum capital que no inicio, pude investir em mobiliário de melhor qualidade e mais bonito. Mantive as coisas Ikea, as que resistiram à mudança sem se partirem ou desconjuntarem, e comprei peças novas, mais exclusivas. Entretanto, desde os meus 25 anos, já vou na terceira mudança, desta última vez para uma casa de 160m2. Enorme. Se eu fosse mudando para casas mais pequenas, ia-me sobrando mobília. Como vou sempre para casas maiores, falta-me sempre mobília. Foi então que a minha tia-avó faleceu e a minha avó deixou-me levar tudo o que eu quisesse da casa dela. Mas tudo o que trouxe, apesar de me ter decorado a casa, não é exatamente aquilo que eu sou. Não me representa. Se eu não fosse uma eterna insatisfeita, não mexeria em mais nada. Mas agora que não falta nada, só me apetece substituir grande parte do que herdei por peças novas, exatamente ao meu gosto. 
E isto é uma bola de neve. Eu sonhava com sofás vermelhos, achava-os o máximo; a minha mãe ofereceu-me um sofá vermelho e eu agora, seis meses passados, já estou farta do sofá e quero um novo em branco. Sou assim, nada a fazer.
No outro dia comentava com o meu namorado que depois de ter tudo o que quero, ia tornar-me pouco gastadora, não ia desejar mais nada. Mas ele bem apontou que estão sempre a surgir colecções novas e peças decorativas novas e eu nunca vou conseguir deixar de as querer. Ou seja, nunca vou conseguir deixar de ser insatisfeita e gastadora. 
 
 
Esta foi das minhas últimas aquisições, o tabuleiro em espelho da Area. Adoro-o!
 
 
A minha colecção de potes lentamente vai aumentando. Estes dois são da Zara Home e a coroa de natal, que fica o ano inteiro em exposição porque sou completamente apaixonada por ela, é da Casinha do Pai Natal. A estante são três módulos juntos do Ikea, que fui comprando à medida que as casas aumentavam de tamanho.
 
 
Aqui apenas para mostrar duas das coisas que herdei, o quadro pequeno na parede do fundo, uma imagem bucólica francesa e o candeeiro que a minha mãe me convenceu a trazer. Eu detestava este candeeiro em bronze desde pequena, mas talvez seja uma questão de hábito, neste contexto, na minha sala de jantar, já não desgosto tanto dele. No entanto, é um dos exemplos das peças que não estão mal, mas que não reflectem quem eu sou. Assim que puder gostava de o substituir.
 

2 comentários:

Anónimo disse...

Deixa lá estar o candeeiro... só saí para entrar um de prata ou bronze ;-)
D.

Anónimo disse...

Aliás, de prata ou ouro (de bronze já este é e mais pesado vem o teto atrás lol )
D.