Estive em Madrid este fim de semana, fui sábado às oito da manhã e regressei domingo às cinco da tarde. O motivo foi cultural, fui ver as exposições de Gauguin e das jóias da Cartier no Museu Thyssen e a exposição de Jean Paul Gaultier na Fundação Mapfre. Como houve um tempo morto entre uma e outra exposição, vi a coleção permanente do Thyssen, três andares de pintura, do mais antigo ao mais contemporâneo. Na Fundação Mapfre deu ainda para ver a exposição Retratos, cedida pelo Museu de Arte Moderna do Centro Georges Pompidou, de Paris.
Foram dois dias extremamente cansativos, a andar a pé para todo o lado, mas muito bons. Não estava frio nenhum, tem estado muito mais em Lisboa, felizmente não choveu. No sábado à noite eramos para ter ido jantar ao Mercado de San Miguel, mas depois de um dia a andar, as pernas não aguentariam um jantar em pé e a levar encontrões, pelo que fomos jantar à Casa Botín, o restaurante mais antigo do mundo, segundo eles se gabam, e onde se come um cuchinillo (leitão) maravilhoso. Já lá tinha comido quando tinha 11 anos, pelo que não me lembrava de nada.
Apesar de já ter ido a Madrid algumas vezes, não posso dizer que conheço bem a cidade, porque não conheço. Sempre que vou é por pouco tempo, geralmente fins de semana. Madrid é uma cidade tão grande, e tão grandiosa. Gosto muito. E nota-se um civismo por parte das pessoas em geral que não vejo por cá. Também não tive tempo para andar em shopping spree, fui apenas ao mercadinho de natal da Plaza Mayor e entrei numa Zara para ver o se o preço de um casaco que ando a namorar era igual ao de cá, e saí de lá com um blazer. Ridiculo em Espanha a única loja onde entrei ser uma Zara, mas enfim...
Agora estou inválida, doem-me as pernas desde a anca até ao tornozelo. Mas estou também reequilibrada, uma escapadela de Lisboa de vez em quando faz muito bem à alma. Porque é fora que vemos que Lisboa, cidade que adoro, é pequena e tão provinciana...