terça-feira, 8 de maio de 2012

Do dia da mãe

Não ligo nenhuma ao dia da mãe, do pai, da criança, dos avós, de carnaval, da páscoa, do natal, da hannukah e de ano novo. O único dia a que ligo e que acho que merece celebração são os aniversários. E felizmente tenho uns pais que entendem que eu não ligo e que como tal deixaram de me cobrar a atenção que supostamente se deve a eles nos seus "respectivos" dias.
Não estive com a minha mãe no domingo porque o dia da mãe são todos os dias enquanto as temos.
Não posso dizer que tenho a melhor mãe do mundo, tenho a que me calhou em sorte e que fez tudo o que podia, como sabia, para me fazer uma pessoa feliz. Assim como nunca me disse que eu sou a melhor filha do mundo, porque não o fui e seguramente continuo a não o ser. Mas sou a filha que lhe saiu e que se esforça, e tem esforçado, por ser boa, por não dar desgostos, por fazer as vontades que considero serem possiveis de fazer.
Eu não sou mãe e não quero ser mãe. Ou pelo menos durante os próximos dez anos. Talvez porque tive uma mãe que não queria ter filhos e que nos culpou por todas as boas oportunidades que podia ter tido e teve de deixar de lado para nos ter. Não tive uma mãe sempre presente nem uma mãe que estudava comigo e via os meus cadernos à procura dos tpc´s por fazer. Não tive uma mãe que me perguntava pelas notas dos testes ou por namorados. Mas tive, e tenho, uma mãe que é a melhor companheira de viagem, a melhor companheira de compras, a melhor confidente. E isto é tanto... é muito mesmo. Não tive a melhor mãe, mas tenho a melhor amiga.

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