terça-feira, 5 de abril de 2011

Das criancinhas


Hoje em dia ter filhos resume-se a uma questão de opção. Quem os quer, tem-nos, quem não os quer, não os tem. Ou tem mas tráta-os mal. Mas isso são outras questões.


Facto é que uma mulher que tenha por opção não ter filhos é constantemente prejudicada em favor daquelas que os têm. E nisto entram as férias, que só se podem tirar de acordo com as colegas que marcam o seu calendário pelas férias dos filhos; nas filas de todos os serviços, onde grávidas e acompanhantes de crianças têm prioridade; nos supermercados há caixas só para estes espécimes assim como nos transportes públicos; o Estado dá subsidios por cada criança. Quer dizer, o mesmo Estado para o qual eu desconto não me dá nada a mim, nenhuma contribuiçãozinha sequer, e isto é discriminação contra aquelas que não querem ter filhos.


E o pior de todos os cenários em que as criancinhas nos prejudicam, deu-se o caso de a minha operação marcada para ontem e da qual estou à espera há quatro anos ter sido adiada para a próxima semana por causa... das criancinhas.

Sim, esses pequenos terroristas que nem sequer eram nascidos há quatro anos, que estão nos carrinhos a dormir, passaram-me todos à frente e eu é que fui adiada.

Estou bem de ter um qualquer ataque e bater na próxima que me aparecer à frente, seja criancinha ou mãe de criancinha. Ou então de ganhar um prémio por não ter um puto ranhoso e mal-educado sempre a guinchar e a incomodar as pessoas que o rodeiam.

1 comentário:

Margot disse...

Oh pah... Eu li isto agora e estou ansiosamente à espera do dia em que me comunicas que terás um filho. A sério que sim!!! É que um dia vais mudar de ideias :) Até lá... Pronto, temos de os gramar na praia a atirar-nos areia para a toalha quando passam a correr esgazeados por um Magnum.