sábado, 19 de fevereiro de 2011

While flying

No meu grande optimismo de inocente

Eu nunca soube porque foi... um dia

Ela me olhou indiferentemente

Perguntei-lhe porque era... Não sabia...



Desde então transformou-se de repente

A nossa intimidade correntia

Em saudações de simples cortesia

E a vida foi andando para a frente...



Nunca mais nos falamos... vai distante...

Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante

Em que seu mudo olhar no meu repousa,



E eu sinto, sem no entanto compreendê-la,

Que ela tenta dizer-me qualquer coisa

Mas que é tarde demais para dizê-la...



Raúl de Leôni

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