Trapézio das emoções, das sensações, do amor sem rede. Porque o mundo é uma escola e a vida é um circo.
sábado, 29 de maio de 2010
Printemps
Ai a Primavera...
mexe com as hormonas, torna as pessoas mais receptivas a tudo.
Mau só as alergias...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
terça-feira, 25 de maio de 2010
K.
Há amizades que são mágicas, há pessoas que são as nossas almas gémeas, completam-nos, até mesmo nas nossas falhas. E há aquela pessoa que é única, que nos acompanha no crescimento, que nos vê os medos e diz que tudo vai acabar bem. Aquela que é uma estrelinha, sempre presente, sempre a brilhar para nós.
Eu tenho a minha estrela, encontramo-nos numa carrinha azul já velhinha, há já vinte anos, com medo do desconhecido. Sentei-me a seu lado no banco e até hoje estamos lado a lado. Temos aquela cumplicidade que só é possivel aos amigos antigos, aqueles que nos viram a alma e encantaram-se ainda mais, aqueles que cruzaram emoções, vivências, gritos mudos... a verdade é que não imagino na vida melhor estrela que a minha. Se procurar um nome para descrever o que sinto, amizade não chega. É amor... K.
Eu tenho a minha estrela, encontramo-nos numa carrinha azul já velhinha, há já vinte anos, com medo do desconhecido. Sentei-me a seu lado no banco e até hoje estamos lado a lado. Temos aquela cumplicidade que só é possivel aos amigos antigos, aqueles que nos viram a alma e encantaram-se ainda mais, aqueles que cruzaram emoções, vivências, gritos mudos... a verdade é que não imagino na vida melhor estrela que a minha. Se procurar um nome para descrever o que sinto, amizade não chega. É amor... K.
domingo, 23 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Um Adeus Português
Nos teus olhos altamente perigosos
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra
duma angústia já purificada.
Não, tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor.
Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver.
Não podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual.
Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal.
Mas tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser.
Não, tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal.
Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser,que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
Alexandre O'Neill in No Reino da Dinamarca (1958)
vigora ainda o mais rigoroso amor
a luz dos ombros pura e a sombra
duma angústia já purificada.
Não, tu não podias ficar presa comigo
à roda em que apodreço
apodrecemos
a esta pata ensanguentada que vacila
quase medita
e avança mugindo pelo túnel
de uma velha dor.
Não podias ficar nesta cadeira
onde passo o dia burocrático
o dia-a-dia da miséria
que sobe aos olhos vem às mãos
aos sorrisos
ao amor mal soletrado
à estupidez ao desespero sem boca
ao medo perfilado
à alegria sonâmbula à vírgula maníaca
do modo funcionário de viver.
Não podias ficar nesta casa comigo
em trânsito mortal até ao dia sórdido
canino
policial
até ao dia que não vem da promessa
puríssima da madrugada
mas da miséria de uma noite gerada
por um dia igual.
Não podias ficar presa comigo
à pequena dor que cada um de nós
traz docemente pela mão
a esta pequena dor à portuguesa
tão mansa quase vegetal.
Mas tu não mereces esta cidade não mereces
esta roda de náusea em que giramos
até à idiotia
esta pequena morte
e o seu minucioso e porco ritual
esta nossa razão absurda de ser.
Não, tu és da cidade aventureira
da cidade onde o amor encontra as suas ruas
e o cemitério ardente
da sua morte
tu és da cidade onde vives por um fio
de puro acaso
onde morres ou vives não de asfixia
mas às mãos de uma aventura de um comércio puro
sem a moeda falsa do bem e do mal.
Nesta curva tão terna e lancinante
que vai ser,que já é o teu desaparecimento
digo-te adeus
e como um adolescente
tropeço de ternura
por ti.
Alexandre O'Neill in No Reino da Dinamarca (1958)
terça-feira, 18 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
Sr. Vai e Volta
Sou um caso patológico.
O meu padrão são alucinados com um quê de dramáticos, sempre lá e cá.
It´s a sad sad situation...
O meu padrão são alucinados com um quê de dramáticos, sempre lá e cá.
It´s a sad sad situation...
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Fuga
Tenho tanta coisa para fazer que ainda não tive tempo de me sentir triste. Aliás, descobri que o trabalho é uma óptima terapia, porque enquanto navego entre números e orçamentos, as contas do coração vão-se escoando, lentamente, para algum lugar perdido no fundo do pensamento.
Ou então... ando a esconder-me da inevitabilidade.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
While flying
Perdemos repentinamente
a profundidade dos corpos
os enigmas singulares
a claridade que juramos
conservar.
Mas levamos anos
a esquecer alguém
que apenas nos olhou.
Tivesse ainda tempo
e entregava-te o coração.
José Tolentino Mendonça
a profundidade dos corpos
os enigmas singulares
a claridade que juramos
conservar.
Mas levamos anos
a esquecer alguém
que apenas nos olhou.
Tivesse ainda tempo
e entregava-te o coração.
José Tolentino Mendonça
domingo, 9 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Ballet pra vida e bola pra frente
Ideias soltas, palavras perdidas, leve bater das asas, o tudo no nada.
Palavras, palavras e letras e memórias ainda.
Estrelas perdidas, luas que me deste, tu ainda, sempre tu para sempre.
Palavras, palavras e letras e memórias ainda.
Estrelas perdidas, luas que me deste, tu ainda, sempre tu para sempre.
Onde andas? Que sentes, que queres, que fazes?
Música esquecida, piano arrumado e o ballet para a vida... restou só a bola para a frente.
Sinto, sinto tudo e sinto muito que tenhas ido para algum paraiso perdido.
Não choro mais, não choro há muito tempo, as lágrimas já secaram, já acabaram. Tu não choraste na despedida; um homem não chora? Olhos azuis e verdes, probabilidades, olhos azuis são lágrimas. Foram mas secaram. Não sei já chorar e já não há nada a chorar. Mas chorei muito, como se cada lágrima fosse uma palavra soletrada a formar um código de palavras molhadas que perdi no fundo da alma.
A vida aconteceu no entretanto e não te disse adeus nem me disseste tu adeus. Para quê? Não iamos a lado nenhum, era só um intervalo de anos até ao reencontro. Mas fomos, já não somos, não voltaremos a ser.
Confesso-me culpada, confesso a ingenuidade de achar que estarias sempre ali, sempre presente, sempre meu. Mas a vida aconteceu e eu só posso dizer que estou grata.
Já procurei fórmulas mágicas do amor... depois do entretanto em que a vida vai acontecendo, tenho procurado só curas mágicas para a ressaca e a espera.
Música esquecida, piano arrumado e o ballet para a vida... restou só a bola para a frente.
Sinto, sinto tudo e sinto muito que tenhas ido para algum paraiso perdido.
Não choro mais, não choro há muito tempo, as lágrimas já secaram, já acabaram. Tu não choraste na despedida; um homem não chora? Olhos azuis e verdes, probabilidades, olhos azuis são lágrimas. Foram mas secaram. Não sei já chorar e já não há nada a chorar. Mas chorei muito, como se cada lágrima fosse uma palavra soletrada a formar um código de palavras molhadas que perdi no fundo da alma.
A vida aconteceu no entretanto e não te disse adeus nem me disseste tu adeus. Para quê? Não iamos a lado nenhum, era só um intervalo de anos até ao reencontro. Mas fomos, já não somos, não voltaremos a ser.
Confesso-me culpada, confesso a ingenuidade de achar que estarias sempre ali, sempre presente, sempre meu. Mas a vida aconteceu e eu só posso dizer que estou grata.
Já procurei fórmulas mágicas do amor... depois do entretanto em que a vida vai acontecendo, tenho procurado só curas mágicas para a ressaca e a espera.
terça-feira, 4 de maio de 2010
Um Domingo cinzento
O alcool desinibe e leva-nos a soltar os monstros.
Depois de triste por me ver envolvida numa discussão do meu mais recente casal preferido, fui limpar a alma na casa africana.
Depois de triste por me ver envolvida numa discussão do meu mais recente casal preferido, fui limpar a alma na casa africana.
O dia nasceu enublado, cinzento, comigo enroscada na cama quente com os lençois ainda revoltos e a cheirar a gente.
Encheu-me a alma de cor. E nem o cinzento do Domingo me tirou o arco-iris do olhar...
segunda-feira, 3 de maio de 2010
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