sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Trapezeemos

Muito de vez em quando lembro-me do trapézio e sinto vontade de aqui voltar. Normalmente quando estou triste mas não posso ou não consigo verbalizar, quero pôr por escrito. 

Na verdade, acho que os blogs estão mortos. Extintos. Já ninguém escreve blogs, já ninguém lê blogs. Certo? 

Adiante... escrevo para mim própria, sempre assim foi. 

Se eu estiver consciente nos minutos que antecederem a minha morte, vou dizer aos meus pais ou meus filhos, que tive este blog, que saltei no trapézio e que isso foi tão importante para mim, que aqui deixei parte da minha vida de jovem adulta. E eles poderão vir ler e emocionar-se com os meus dotes literários ou rir-se com os meus disparates e divagações, ficarão a saber que gostei imensamente de pessoas que nunca sonharam ser possivel, que fiz e disse coisas que não faria com eles. Pais ou filhos. 

Hoje foi o dia de aqui voltar.

Enfim... trapezeemos, minhas caras traças e meus caros fantasmas. Trapezear é um verbo ao qual voltar.

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