sábado, 15 de novembro de 2014

História de um gato que ensinou um menino a gostar

"Não gosto de gatos" ou "sou alérgico a gatos" eram duas desculpas dadas para encobrir um pouco o desinteresse pela sorte dos felinos, domésticos e vadios. A convivência forçada, imposta pelo amor, numa perspectiva comercial de 'Pague um, leve dois' ditaram que não seriam dois em casa mas três: ele, ela e o gato dela. E de mês para mês ela foi vendo esta atitude a mudar. De repente ele preocupava-se com o bichinho; ele entristecia-se por o bichinho não lhe dar muita confiança nem atenção. Mas a diferença maior aconteceu quando o menino começou a reparar na desventura dos animais de rua, a comover-se com os maus tratos e o abandono, questões a que, não sendo indiferente, não lhes prestavas mais que dois segundos de atenção. Chegou o dia em que o menino telefonou para casa, aflito, com uma situação para o qual nada o preparou: um gato vadio, carente e esfomeado se lhe entranhou no coração, e nada fez mais sentido que levá-lo para casa. Aquele era o seu gato.
A convivência com um gato mudou-o, a convivência comigo também. E este orgulho, carinho, ternura que sinto ao vê-lo com os seu gato é uma alegria que eu não pensava ter. Se outros motivos não houvesse para o amar, este seria um forte motivo. Porque quem salva uma vida, salva a humanidade.



2 comentários:

Anónimo disse...

Já sentíamos falta de um postzito.

Seja bem-vindo esse novo gatinho e que encontre tudo de bom no seu novo lar. Felicidades para a família =)

Inês

Anónimo disse...

O gato que foi gata... Charlot dos tempos modernos :-)
D.